terça-feira, 15 de junho de 2010

Gato de Energia Tira Brilho da Partida

Um mal-estar coletivo foi gerado a cerca de 30 minutos para a estreia do Brasil no Ellis Park, aqui em Johanesburgo. As luzes dos setores das cadeiras, da imprensa e de dois telões foram apagadas. Depois de uma rápida investigação, eu e minha patroa Lurdes (que está servindo de fotógrafa amadora e marmita oficial aqui na África) descobrimos que se tratava de uma ação da Companhia de Energia Elétrica da África do Sul (Eskom), revoltada com os gatos de energia, que se tornaram praticamente oficiais. É que o governo de Nelson Mandela tinha decretado moratória para os favelados que fizeram dezenas de milhares de gambiarras elétricas com o fim do apartheid. O presidente disse na época que seria demais cobrar a luz dessa gente bronzeada que só queria dançar um pouco de kuduro e ser feliz. Pois a "Coelba" africana esperou anos até a hora certa de dar o troco. Eles cortaram a energia e ameaçaram que a bola não rolaria se a dívida não fosse paga. Ao que o atual presidente da South Africa, Jacob Zuma, teve que assinar o checão para acabar com a intriga. Isso foi o que eu e minha patroa conseguimos apurar, apesar da explicação oficial ser de que houve uma sobrecarga de energia motivada por muitos televisores ligados nos barracos sulafricanos. Você escolhe em qual versão acreditar.
O que importa mesmo é que em meio ao apagão eu tive a chance de invadir o campo e dar uns conselhos táticos para o inseguro Dunga. Nesse flagrante, você pode ver o momento exato em que aconselho ele a sempre tirar Elano no segundo tempo (mesmo que ele faça gols). E a usar um figurino menos "flozô" para a próxima partida.

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